Com certeza esta não é a primeira e, tampouco, a última notícia sobre nomes estranhos. Mas, em tempos de Campeonato Mundial de Clubes, que tem o Timão como representante brasileiro, seria “coisa de louco” não mostrar que até em Belém do Pará, cidade distante mais de dois mil quilômetros de São Paulo, tem paraense apaixonado pela equipe paulista. Nada de Clube do Remo e Paysandu, os dois maiores clubes do Pará. A prova maior de amor veio de um bairro da periferia da capital, onde o pedreiro Nestor dos Santos Araújo registrou o filho, atualmente com dois anos, como Nicolas Corinthians Baía Araújo.
O pai da criança, que tem Nicolas e o escudo do Corinthians tatuados no braço esquerdo, explica que a escolha do novo sobrenome foi uma decisão unilateral, pois apenas ele, que sequer avisou a mãe, Simone Baía, optou pela homenagem ao time do coração. Contudo, não foi fácil confirmar o registro do menino, já que os três primeiros cartórios se recusaram a executar a tarefa nada comum. Somente na quarta tentativa, quando foi atendido por uma mulher, que talvez nem atentasse para a ligação com o futebol, que o pedreiro conseguiu oficializar o nome da criança.
- Eu sempre soube que ele (Nestor Araújo) é apaixonado pelo Corinthians, mas jamais imaginei que iria registrar a criança com este nome. Até que ele voltou para casa e, quando vi, a certidão estava com este nome. Até então, sabia que seria Nicolas junto com nossos sobrenomes, mas não foi o que aconteceu. Brigamos, mas já acostumei. Não torço por nenhum time e não tenho nada contra o Corinthians, contudo, o nome não é nada convencional – disparou Simone, mãe de Nicolas.
O pai, por outro lado, não se arrependeu da escolha e disse que, caso tenha o segundo filho da família, o nome também será alusivo ao Timão: Emerson, em referência ao atacante e, claro, o sobrenome se perpetuará e será igual ao irmão. Teremos então o Emerson Corinthians Baía Araújo. A mãe, que ouvia o marido falar à reportagem, apenas sorriu e balançou a cabeça em tom de reprovação a "loucura" do esposo.
- Se tiver mais um filho, ele vai se chamar Emerson Corinthians. Nada de incluir, assim como no nome do Nicolas, o sobrenome “Santos”, que prefiro nem falar muito sobre isso. Já pensei até em retirar do meu nome, mas vi que custa muito caro e ainda não tive condições para tanto. Torcer pelo Timão é uma paixão que não se explica, apenas se sente. Isso é apenas uma forma de demonstrar o amor, pois sou mais um no meio de um bando de louco – finaliza.
Quando tem jogo do Corinthians, Nestor dos Santos chama os amigos corinthianos e prepara a festa na laje da sua casa. Tudo em preto e branco, regado a muito churrasco e cerveja. Na final do Mundial de Clubes contra o Chelsea, domingo, a coisa não vai ser diferente. A programação começa às 7h, com direito a fogos de artificio e muita animação. Segundo Nestor, no dia da decisão não há espaço para “secadores”.
- O Corinthians vai passar pelo Chelsea com facilidade. Vai ser um jogo emocionante, como todos em que o Timão participa. Chego até a chorar quando vejo o meu time jogando... Na partida contra o Al Ahly vieram uns dois secadores vestidos com a camisa do Palmeiras. Foram embora de mansinho depois da vitória. Dessa vez não vai ter vaga para os rivais. Só entra corinthiano fanático – brinca.
Nenhum comentário:
Postar um comentário