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sexta-feira, 22 de março de 2013

Deputado pede intervenção de Dilma no caso dos Corinthianos presos na Bolivia

O deputado estadual de São Paulo, Fernando Capez, elaborou uma moção para solicitar a intervenção da presidente da república, Dilma Rousseff, no caso dos 12 corinthianos presos em Oruro, após a morte do torcedor boliviano Kevin Espada, no último dia 20 de fevereiro.


No documento divulgado para a imprensa, Capez apela para que o Ministério das Relações Exteriores faça gestões junto ao Governo da Bolívia, "com o propósito de assegurar a cada um dos brasileiros (...) o pleno respeito ao devido processo legal, através de um procedimento célebre, justo e equitativo, assim como tratamento digno e humano".

"O que está em jogo é a seriedade do sistema judicial boliviano e a efetividade de nosso oneroso Serviço Diplomático. O que preconizamos hoje é que nossos governantes e diplomatas façam jus à confiança neles depositadas. Que façam jus aos seus vencimentos! Que não se omitam diante dos flagrantes abusos de que são vítimas doze contribuintes brasileiros. E que exijam respeito às garantias constitucionais reconhecidas, não a corinthianos, palmeirenses, são-paulinos ou santistas, mas a cidadãos da República Federativa do Brasil", diz outro trecho do documento.

Os doze torcedores seguem detidos, mesmo após diversas tentativas para que respondessem as investigações em liberdade. Uma casa foi alugada na cidade, mas a ação não convenceu as autoridades bolivianas para liberá-los. Todos foram indiciados como autores ou cúmplices do disparo do sinalizador naval que atingiu e matou Kevin no duelo entre San José (BOL) e Corinthians, no dia 20 de fevereiro, pela Copa Libertadores.


Capez também fez uma solicitação para que o Superior Tribunal de Justiça tenha uma reunião com os integrantes do Grupo de Trabalho das Nações Unidas sobre Detenção Arbitrária (GTDA), que estará no Brasil entre os dias 18 e 27 de Março. A solicitação é enderaçada a Ricardo Cunha Chimenti, Juiz Auxiliar da Presidência do Superior Tribunal de Justiça.

Na última quinta-feira, a Embaixada do Brasil na Bolívia precisou intervir para evitar que os doze Corinthianos presos após a morte do garoto boliviano fossem para celas comuns com detentos bolivianos. O temor dos Corinthianos foi pela integridade física, uma vez que o caso gerou revolta na cidade e poderia haver ameaça dos outros presos. Neste momento, eles estão divididos em duas celas, seis em cada, sem mais ninguém. 

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